28 junho 2008

dos diários íntimos

É todo o não entendimento, é a falta de diálogo, é o absurdo de não compreender a ausência nas pequenas coisas - o ato de bondade parece não existir nesse momento, a única alternativa é o calar-se perante a lei do nada. O que é o nada? É perceber que nem sempre temos tudo que queremos - o tudo então? pois sim, esse tudo parece o próprio padecer. É toda a falta de realidade no momento que parecia ser imaginário. Minto: é toda falta de imaginação no ideal da falsa realidade aparente. E a escolha é não saber o que fazer nesses segundos de decepção que tardam a falhar continuamente. O tempo passa, as horas também, as decepções não. Não? Não. Meu pânico tem uma dúvida que nunca se desintegra: perdura...

Mas o medo é real, é verdadeiro e único. Não sei se prossigo, mas sei que vivo imerso nessa incerteza de que os sonhos não se realizam - mas são sonhados, apenas sonhados com o intuito de torná-los reais, coisas que não acontecem de fato. Meu medo é meu medo agora. Qual medo? O de saber que me perderei cada vez mais, dia após dia...mas a vida segue, verdadeira, nessa teia da minha própria imaginação de sonhar.

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