26 novembro 2009

Das cartas rasgadas


sem

sexo
não
tem
nexo


a palavra martela a mente, o corpo não vai no vai-vem, a mão não vem no vai-vem, nem o dito cujo. o dito cujo? cuja! e já cujou e muito. cujaria mais.


apêndice:

um beijo alivia a alma, um beijo mantém a sanidade, um beijo não permite a loucura dos meus versos acima, um beijo não me condiciona ao descabido: eis o beijo para anunciar o próximo beijo. um beijo desmede o ato de sentimentalidade e o anúncio do desejo arrebatador. o beijo é a boca que ilude e desnuda a emoção, eis o abalo passional?

3 Incensuraram:

Átila Goyaz disse...

O beijo que anuncia o proximo beijo alheio é muitp bom tb!

elder ferreira disse...

Bom texto, me fez lembrar Martha Medeiros e as suas infinidades de poesias que sugerem sensualismo, mesmo que nem tanto quanto as suas.

Abraços.!

196.
"Foi um beijo onde não importava a boca
só tuas mãos quentes me apertando pelas costas."


59.
"Minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta."


48.
"Não tenho mais idade
pra brincar de esconde-esconde
vem me pegar."


Mas fica por aí, se eu querer citar todos os textos da M.M. que me lebraram esses teus escritos. rs.

André Noronha disse...

sabe...eu tive essa sensação! o bjo que cura loucura. eu senti isso na pele... como eu me equilibrei passando alguns momentos ao lado de alguém. talvez seja esse o grande barato do ser humano. que é obrigado a viver em conjunto. acho que precisando de outra mente pra nos distrair dos nossos abismos.