28 fevereiro 2008

fluindo por acaso


Há algo não premeditado,
transcorre entre as minhas veias,
não se pode conter:

é você, é você.

E o que mais preciso,
senão a sua permissão?
Fluídos virão...

25 fevereiro 2008

scissorhands and myself

E sentir-se como um Edward Mãos-de-Tesoura, um misto de perdido e pensativo.

(...)Pelo que é necessário a entrega, pelo que vivencia todo o romantismo...
- Abstraio, abstraio! Haja condenação.

23 fevereiro 2008

so what?

E o que vale realmente agora? Senão tentar ser o não-secundário.
E o que é primordial no sentimento?

22 fevereiro 2008

waiting

Então esperei, durante tudo, o inesperado - surgiu como um nada, se intensificou como um tudo. Da forma de anjo, da forma de protetor: desbravou o meu destino, sem medo.

Sem medo? Sim, emitiu a solução.

Então esperei, visualizei o momento diário, a idealização absoluta. Há uma sinceridade de eu me entregar, tão logo, coroando o meu tão esperado destino - unido, fiel a este acaso sentimental.

20 fevereiro 2008

listening to myself

É ouvir pra eternizar todo mau-olhado do mundo à sua volta, é ouvir para entender que a vida percorre entre ruídos e vivências verdadeiras, intensas. My Bloody Valentine, daquelas bandas que cativam logo no primeiro acorde da primeira música. Haja uma sonoridade diferente, haja uma musicalidade única que não se vê por aí. Hoje acordei saboreando a tão banalizada Sometimes - hit padronizado pela mídia, devido ao ótimo filme Encontros e Desencontros, de Sofia Coppolla.

Trecho do Sometimes, define meu momento hoje, verbalizando o sonoro da minha vida em si:
Close my eyes
Feel me now
I don't know how you could not love me now
You will know, with her feet down to the ground

18 fevereiro 2008

lispectorizando-me

Pois Clarice me diria:
- Páre de se preocupar, a vida tem novas oportunidades. Siga sem medo, busque apenas a intensidade que tanto quer, confie nesse seu estado de renovação.

A verdade: não tenho mais como negar, a intensidade é viver apenas pra ser intenso. Compreende? Só eu consigo executar essa mistura de sensações. Durmo pra viver, vivo pra dormir sonhando.

Pois Clarice me diria:
- Vejo em ti a força de acreditar, não seja tão pessimista, nem a morte o é. Sabe, seu receio é fracassar de novo, mas percebo uma chama de expurgar de vez essa depressão.

Organizando-me:
- Trocar conhecimento sempre, ter ânimo
- Amar pra ser amado
- Renovar o que já foi, passado já era

17 fevereiro 2008

how soon is now?

Deu mãos ao destino, pois todo laço se sustenta com um olhar - mas também a grandeza de firmar com o tato. As mãos sentiram o momento, tocaram o predestinado e provocou o carinho. Nem tudo está guardado, nem tudo é premeditado: flui na origem propícia.

How soon is now?

(...)

16 fevereiro 2008

parente é serpente

E em todo âmbito familiar atua, precisamente, a dissimulação com atos de falsidade relacionada. E aquele dito-popular funciona, coexiste: Parente é serpente! Por tudo que não é sagrado, mas fundamental profano verdadeiro: abaixo este ato de celebrar o que não existe. Se há o ódio, é melhor que seja o dito pelo não dito.

15 fevereiro 2008

everything i cannot see


Corações fechados,
sentimentos renovados,
tende-se as buscas.

O que procuro é lei?
O que sinto é lei.

A mente, ebulição.
O destino: flui.
E tudo gera uma nova vertente.